Contrariando as expectativas de um mês atrás, a colheita no Brasil rendeu cerca de 1 milhão de toneladas a menos, e nos Estados Unidos os estoques estão 280 mil toneladas mais baixos.
Essa dupla queda, relatada nesses últimos dias pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fez com que o preço do bushel na Bolsa de Chicago se aproximasse de US$ 15.
Porém, esse quadro anima todo o setor produtivo, já que o aperto nas reservas indica a necessidade de importação, inclusive para o Brasil, país líder na produção do grão. Mas o momento é de cautela, o produtor brasileiro não tem grande garantia de que poderá aproveitar com louvor esse momento de pico.
As cotações internas da soja caíram no último mês, mesmo período em que o dólar caiu 6% frente ao real. No estado do Paraná, onde, em março, a saca chegou a R$ 63, houve significativo recuo, visto que em dezembro o preço médio passava de R$66.
Contudo, o mercado brasileiro se mostra dividido entre as tendências da oferta/demanda e a variação cambial interna. Com base em previsões de analistas, se o dólar chegar a R$2,50 até o fim do ano, as cotações da soja devem ser ainda mais influenciadas do que mostraram os novos relatórios monitorados pelo agronegócio.